Como pode em tão pouco tempo, nascer em mim tanto amor? Duas coisas tão pequenas que mal falam mas que tanto me dizem com olhares e sorrisos. Com apertos e grunhidos. Como posso não pensar nos dois todos os dias, se metade das minhas alegrias é deles que hoje vem? Como posso definir a emoção que é sentir-me esperado e querido por eles, quando chego em sua casa? Cada abraço, cada laço diário construído pelo carinho, pelo caminho da vida. Cada saudade apertada e o zelo-quase-medo pelo futuro de ambos. O desejo de querer transferir pra mim cada futura dor ou problema que eles venham a ter. Como posso não ter asas e voar, não ter posses mas tão rico me sentir, não ser pai e ainda assim ter essa vasta sensação? Sou tio, isso me basta. E muito os amo, então.
A EFEMÉRIDADE DA MORTE DE UM PASSARINHO
Há 6 meses