quarta-feira, 27 de abril de 2011

FELICIDADE, VEM CÁ


A felicidade é um animal doméstico que você vai alimentando aos pouquinhos e, quando vê, ela já deixou de ser filhote há muito tempo e corre gigante pra você quando abre os braços para ela. Minha felicidade tem "sabor" de Labrador!!

domingo, 24 de abril de 2011

A GALOPE



"Tudo a seu tempo, aguarde e verá". Será? A vida é muito curta pra se perder tempo com essas filosofias de botequim. Eu sou assim: quero viver o agora, abraçar o tempo que tenho, me arrepender só do que fiz. Arrotar minhas angústias e frustrações, e não guardá-las comigo... como um câncer. Pra dentro de mim, apenas oxigênio e boas emoções. E para quem monta seus medos para cavalgar a vida, digo em verdade: pra curar o medo da queda, nada melhor que doses cavalares de realidade.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

DE FOLHA EM FOLHA



Pego um pedaço de papel. Rascunho teu nome fraquinho. Apago. Me apego e refaço. Amasso o papel. Pego outro, novinho. Faço descaso, me oponho, e não ponho teu nome lá. Risco o papel com um traço. Embaço o meu céu. Faço estrelas mil, nenhuma brilha tanto. Sou tonto, eu sei. Pensei que seria como gritar alto rabiscar teu nome num pedaço de papel. Você não ouviu. Você não viu. Você não. Me rasgo.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

FÁBULA CIRCENSE


Entre piadas e malabares, a bailarina enamorou-se. E o sorriso do palhaço agigantou, o circo do seu peito pegou fogo. A bailarina, menina, dançava então a primeira sensação de um sentimento. E o palhaço, domador de carinho, evitava tirar a maquiagem e mostrar-se por inteiro. Não foi verdadeiro, plastificou. A bailarina percebeu a não-entrega e se frustrou: rodopiou tristezas por todo o picadeiro. Sua lamúria durou um ano inteiro. Por fim, trocou de circo e hoje é imensamente feliz ao lado de um trapezista nada trapaceiro. E o palhaço? Borrou a maquiagem do peito e não tem jeito de consertar: vive fingindo um sorriso que não lhe pertence. Mas tá ruim pra disfarçar.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

AMOR EM COMA


Ahhhhh... pára o trem que eu quero descer! Montanha-russa de emoções me dá enjôo. Quando eu penso que já amassei o teu descaso e joguei fora, me pego desembrulhando a bolinha de papel. Poema ressuscitado, amor em coma. Como posso definir esse veneno que é você em meu destino? Doendo gostoso no peito, sangrando sorrisos. Como não saber dar fim a isso tudo? Como ficar mudo se há tanto pra falar? Como ter respostas para tantos absurdos? Amor em coma, vem me salvar.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

BEIJO? EU DEIXO.


Seus lábios no meu. Saliva e segredos. As línguas encontram o beijo. Desejo. Sorrisos em movimento, fundidos por um momento. Vontade. Contração e umidade, a velocidade do encanto. É tanto carinho canalizado em gesto, me fazendo perder o eixo. Eu deixo. E nada mais falo, me calo: só beijo, só beijo, só beijo...

terça-feira, 12 de abril de 2011

MAIOR ABANDONADO


Não adianta tirar as pilhas do relógio: o tempo não pára. Fantasio segredos e, exagerado como sempre, te crio um codinome, te beijo de flor em flor. Quando a gente conversa me faço de bobo, um maior abandonado que suspira calado por toda a madrugada torcendo pro dia nascer feliz. Acorda, mostra a tua cara pois, sem engano e sem demora, preciso dizer que te amo. Me avise quando for a hora. Por fim, ainda aprendiz da vida, me perco dentro de mim buscando a saída e grito, interrogo: por que a gente é assim?


. #PS: Usando a energia do incrível CAZUZA pra falar de amor.

Minha homenagem a ele, às suas músicas e ao que elas me provocam.

domingo, 10 de abril de 2011

(m)AGUA


A força das águas é grande: não tente me ter na mão. Escôo, escapulo. Não me ponha em copo d'água. Dá mágoa. Eu seco, choro, evaporo. Eu fico turva, faço a curva de você. Não ponha tempo demais, não fuja dessa correnteza. Pois, é certeza: quando sua ficha cair e você quiser me ter, minha maré pode não mais levar-me a você. Nada de depois: mate agora essa sede de nós dois.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

MORDIDA


Eu passo a ansiedade pra trás, eu freio o desejo com a calma. Paz. A alma tá aberta e o sorriso ainda mais. Eu deixo o meu barco correr de acordo com a sua maré. Entrego o controle a você e aguardo o start. Eu tô facinho, é só querer. Eu tenho fome de você e a brincadeira tá divertida. Confesso: em meu pomar te fiz maçã e tô no afã dessa mordida.