A força das águas é grande: não tente me ter na mão. Escôo, escapulo. Não me ponha em copo d'água. Dá mágoa. Eu seco, choro, evaporo. Eu fico turva, faço a curva de você. Não ponha tempo demais, não fuja dessa correnteza. Pois, é certeza: quando sua ficha cair e você quiser me ter, minha maré pode não mais levar-me a você. Nada de depois: mate agora essa sede de nós dois.
A EFEMÉRIDADE DA MORTE DE UM PASSARINHO
Há 7 meses
2 comentários:
determinante.
"Nada de depois"... ou nada depois...Ou nada , nem depois...
Postar um comentário