sexta-feira, 20 de novembro de 2009

(ab)SINTO A SUA FALTA


Tanto tempo ausente e eu ainda sinto, absinto o sentimento. Tanto tempo sem passar pelos seus passos, que até desaprendi a nossa história: virou memória borrada, feito batom. Tanto tempo sem o som da sua voz, sem o tom exato da minha embriaguez-saudade. E após tanto tempo de silêncios eu grito uma vez mais para mim mesmo, bem baixinho... que falta você me faz.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Fusão


eu tento tinto te sorver
você recusa
eu venho facinho
tento tinto te sorver
você me tenta, fico branco
eu levo bronca com tapa de luva
Sua tonta: briga sem dar-se conta
de que, brincando assim, sozinhos
eu sou só álcool
você só uva

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Verso reverso


Hoje eu li poemas dele e invejei as tais palavras. Quis eu mesmo ter parido aquelas frases lapidadas. Mas há tempos que me faltam os processos criativos. Sou casulo de mim mesmo, esperando as prometidas asas. Mas se antes já voei tanto em céu de idéias, estarei lagarteando?

domingo, 26 de abril de 2009

amor ao frio


Floripa é uma ilha enorme, cercada de gente boa por todos os lados. É porto de paz, de friozinho minuano arrepiando os cabelos da perna. Floripa é beleza eterna das praias e trilhas, as mil maravilhas que ainda não tive tempo de descortinar. É momento de estado de espírito, de realizações e asseguramento de emoções verdadeiras. É acolhimento, adoção em doces doses. É sorriso estampado, bobo, a todo momento. É felicidade, felicidade, felicidade...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

CARNAVALENDO


Ainda tinha tanto a dizer pro seu olhar. Tanto a traduzir, tanto a desenhar. Tanto a descobrir em entrelinhas e sussurros. Precisava de mais tempo pra medir a importância, pra testar a paciência, pra exercer a tolerância. Precisava de mais tempo antes de te deixar partir... bom, às favas com a hipocrisia. Precisava mesmo era não tirar a fantasia e jamais ter que ver você sumir como um sonho que sempre acaba na melhor parte... mas, ainda assim, carnavaleu a pena.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

re(CICLO)


É o mal do mundo, meu bem. A gente vai tendo que fraturar costelas emocionais aos montes pro osso-alma endurecer. A gente vai doendo querendo não doer. A gente sofre conformado, sabendo que é mesmo assim. Mas um dia isso tem fim, pode crer. E não é fim de novela, à la "felizes para sempre", mas o "enquanto-dura" faz sua parte, a gente lembra que toda aquela dor de amor, dor-de-ter-que-desamar, valeu a pena. Beijo-poema do amigo que tanto te ama.

Egraçado é que ainda agora ela comentou comigo que há tempos não escrevo nada aqui. E, irônicamente, sem intenção, foi essa resposta a ela que virou post. Um beijo grande, Carol. Hoje e sempre.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Saldo



Gotas. Gotas de saudade pingam tempos de distância. O teto do peito é mofo puro, duro ter que constatar. E cada movimento de descida envergonhada torna-se facada de tormento. Eu lamento (muito mesmo), depois de uma eternidade inteira, não ter nada melhor pra te oferecer nessa rápida visita além de gotas e gotas de saudades mal vividas. Desculpa, mas nessa vida agora só mesmo saudade é o que terá de mim. Início. Meio. Fim.





#PS: Recebi dela esse selo acima e passo a bola pra ele, que tem sido uma deliciosa leitura desde o dia em que descobri o blog. Recomendo. Tanto ele quanto ela.