quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

PODE CHOVER...


Parei no pé-de-guarda-chuva e me guardei do aguaceiro. Fiquei um tempo inteiro assim, sentado, olhando de lado pro temporal. Com medo da chuva e do seu sinal. Achando que era coisa passageira, madruguei noites inteiras em mar de preocupação. Bobagem, hoje vi o tempo perdido que foi procurar abrigo. Se a chuva lava o corpo e a alma, se depois da tempestade vem a calma, o que eu quero mesmo é me molhar.

Caio Muniz

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

TIM-TIM


Depois de "Dois mil e Ouse" (um ano onde eu realmente ousei e as coisas aconteceram), o bordão pro ano que vem é "Dois mil e Dose". Que o ano seja por vezes forte e intenso, como uma dose de whisky. Outras vezes leve e divertido, como uma dose de roska. Que haja momentos de doses suaves e tintas, como vinho. Que eu possa matar sedes e vontades como uma gelada dose de água. Que eu tenha habilidade e sabedoria para transitar entre o azedo e o doce da vida, como uma dose caprichada de caipirinha. Também desejo o mesmo pra vocês que lêem isso. Saibamos beber a vida em boas goladas, com um cuidado para não engasgar, mas sem medo de sentí-la descer pela garganta e alma. Que 2012 seja "o" ano. Mas confesso que se for METADE do que 2011 foi, já me dou por satisfeito.

CAIO MUNIZ

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

AMASSANDO O MANUAL


Peito leve e o desejo de seguir em frente com o maior dos sorrisos. Sabendo que é preciso estar atento e forte, contar mais comigo, confiar na sorte e no coração. Apostar em quem sou eu. Sentir suave o pisar no chão. Lapidar o jeito meu. Não correr junto com os ponteiros, mas andar sem vê-los. Saber ver as coisas pelos variados lados que ela tem. Amadurecer esses olhos quase-verdes. Amém. Pode vir, 2012. Tô muito aí pra você.

Caio Muniz, dezembro 2012.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

TRISTEZA


A gente vive num mundo tão louco, onde o muito vale pouco, onde o vital se perde tanto. A gente se espanta quando o outro é educado, quando a outra é honesta... como se realmente raro isso devesse ser. A gente vê cachorro morrendo espancado pelas mãos do próprio dono quando liga a TV. E chega a sentir vergonha em ser humano. Fica a buscar sentido nesse caos. E não acha. Não passa essa sensação de impotência diante de tanta crueldade, de tanta maledicência. Sou humano e erro - muito, sempre. Mas que meus erros nunca cheguem, Deus meu, a esse nível tão animalesco. Que eu nunca perca o mais nobre dos sentidos, minha bússola-coração. Que me faz abrir o sorriso, que me permite estender a mão.

Caio Muniz

domingo, 20 de novembro de 2011

MELINA e ROBERT


Ele mora em Valença, ela vive em Salvador. O destino, por pirraça, fez ponte pra esse amor. Ela marca sua presença, ele faz graça. Eles brincam com a distância, sabem esperar. Ele vem aqui, ela vai pra lá. É amor mesmo, daqueles pra não botar defeito. Perfeito, como só eles sabem fazer, como só eles podem sentir. E enquanto não chega o dia em que seus relógios marquem o mesmo horário e todo os seus dias sejam o mesmo do calendário, eles dão um jeito. E toda hora que vejo essa foto deles juntos, sorrindo um só sorriso, eu sorrio também. E digo amém pra esse amor. Robert e Melina: o casal mais especial do circuito Valença-Salvador.

(Caio Muniz, NOV2011)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

CONTATOS IMEDIATOS

Vem, vamos cruzar os nossos dedos, fazer figamor.


(Caio Muniz)





terça-feira, 15 de novembro de 2011

AMOR AO CUBO

Quando dou por mim, me pego pensando que tudo sempre girou de uma forma que as nossas cores se encontrassem e se unissem assim, nesse mosaico-amor. Sentimento ao quadrado, amor ao cubo. Mágico!


(Caio Muniz)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

FATO



É amor. Cada vez que acordo, abro os olhos e levanto, sei que é amor porque o primeiro pensamento (que é em você) vem acompanhando de um largo sorriso. É amor porque mesmo nos dias em que não está aqui, é você que acorda comigo.


(Caio Muniz)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

TOMA, A CHAVE É TUA


Um mundo só nosso, à parte do todo. Faz parte de tudo, mas é exclusivo. Um porto seguro, um furo no muro pra gente se olhar. O nosso cantinho, um tantinho de nós dois. Enquanto não chega o depois, a gente curte isso aqui em total privacidade. Te AMO... e essa é a minha maior verdade.

AMORDURA


Ok, eu sei que o destino providencia ironias pra todo mundo, mas quando chegou a minha vez, eu não peguei um punhado, mas um BALAIO delas. O bom é que consigo rir disso, de mim, e driblar toda e qualquer circunstância em nome da minha felicidade e das pessoas e coisas que quero bem. E que venham as interpéries, quaisquer que sejam, estou armado de amor para todas elas. Melhor arma não há.


(Caio Muniz)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

ESTOQUE



Às vezes eu acho que a vida é repleta de bexigas invisíveis à nossa volta, com alegrias recheadas. E quando fazemos o bem, pensamos o bom, seguindo nosso caminho sem nutrir sentimentos pequenos nem olhar demasiado pra vida alheia, conseguimos enxergar algumas delas e estourá-las, trazendo a felicidade ali contida pra dentro de nós. Minha alma é um reservatório de alegrias-de-bexigas.


(Caio Muniz)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

PEACE AND LOVE



Sensação de paz pra mim, hoje, é ter sua cabeça em meu colo, seus olhos fechados e um sorriso grandão enquanto corro as mãos por teu cabelo. O corpo gritando alegria por todos os poros, meus olhos fitando você. Saber que é amor e pouco me importar com o que podem pensar ou com o que vão dizer. É dormir agarrado e saber-me tão seu. É sonhar acordado, meu presente de Deus.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

CHAVES




A casa fica ampla, fica branda, quando abro a porta pra você. E tudo fica de lado, perde o sentido, quando abro os braços pra você. O mundo ganha nova tessitura, uma camada de doçura, quando abro o meu sorriso pra você. E a vida ganha significado, eu vivo apaixonado assim... porque abri o peito pra você, você abriu o seu pra mim. Te amo.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

É SIM, EU SEI


Sabe quando você sabe que o sentimento é genuíno? Quando você nota que o kit é completo: além do habitual tesão e querer bem, vem na bagagem aquela admiração tamanha, um orgulho de poder dividir o mesmo mundo, os mesmos sonhos, aprender tanto com o outro. Quando tudo faz lembrar você e quando o seu sofrimento é meu também. Te quero sorrindo, quero o som do teu sorriso ecoando em meu peito, de maneira retumbante. Quero ser a mão, amante, estendida em teu chorar. Quero ser abraço forte, a sorte de me saber sua segurança. Quero nada mais querer além do seu querer a mim. Esse é o fim do começo. Vamos pro meio, sem jamais pensar no fim.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

GÊNIO DA LÂMPADA, CADÊ VOCÊ?


Você. Uma garrafa de vinho. Duas taças. Um lugar secreto ou deserto. Pôr-do-sol. Sua mão na minha... ou a minha na sua, tanto faz. Alguns minutos sem dizermos nada, só olhando a vista. Depois a minha vista é você. E meus olhos te dizendo tanto, tanto, tanto. Depois, sorrisos seus, sorrisos meus e eles se casando em beijos. É o que eu queria exatamente agora. Ah, vai... nem é pedir demais.

CONVITE


Vem dançar comigo! É uma dança só nossa, meio valsa e meio bossa. Te convido envaidecido e te pego pela mão. Não caia na fossa, me dá tua mão e vamos dançar. Pego em tua cintura e te levo no compasso. Vem dançar comigo! É uma dança só nossa, meio salsa e meio rock. Sinta o pulso do meu toque e o sabor da melodia. Pego em teu cabelo e mostro a contradança. Vem dançar comigo! É só nossa esta dança. Vem, criança... vem brincar de ser feliz.

sábado, 22 de outubro de 2011

PANDORA


Pra você eu tiro a tampa, eu tiro o medo. Eu baixo a guarda, eu abro o peito. Por você eu arrisco, eu risco o muro, eu furo o bloqueio. Por você não meço o tempo, não conto as horas. Contigo, tudo está bem. Por você encontro o meio de ser muito mais feliz. Pra você eu peço: vem!

BÚSSOLA


Eu rasgo é a casca do receio, procuro o meio de provocar. Eu rompo com o seu freio, te deixo acelerar. Enquanto os dias seguem, eu te sigo e me cego a cada dia mais com a tua luz... pra só então, assim, saber enxergar melhor a vida. Hoje eu sei: você é bússola, eu me encontrei.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A FACA E O QUEIJO


Desejo teu beijo, teu sim, teu não, teu tudo e teu nada! Desejo a faca e o queijo nas mãos. O momento certo, o sorriso aberto, a canção. Desejo o jeito da gente, o sorriso mútuo, a exatidão. Desejo que o tempo seja generoso conosco, que a gente viva tudo o que há pra viver. Permita-me. Permita-se. Permito-me. Vamos pagar pra ver.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

BATENDO O BOLO


E o destino nos une em teias tantas. E a gente percebe que não há como fugir: estamos ligados, de toda forma. Você torna tudo tão doce quando cruza meus dias. Você põe um dedo teu em cada cor que eu pinto em sorriso. E a gente fica pensando no tamanho da fatia sem nem mesmo ter batido o bolo. Você tem medo do porvir. Medo de se machucar, medo de me destruir. Medo de não correspondermos às mútuas expectativas. Você tem medo do tamanho do seu carinho por mim. Eu não. O único medo que tenho é de não darmos a nós dois essa merecida atenção. Eu não temo um fim (nem penso nisso) se para isso houver um início. Deixa rolar. Eu trouxe o resto dos ingredientes... vamos misturar? :)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

OU FATO


Quase sinto o seu cheiro, tamanha é a saudade.
Meu peito tem olfato. É fato, não tem jeito.

VERSO-REVERSO


É bom ser o inverso, fazer verso sem saber.
Não sei se sou teu verso ou teu reverso.
Sou criptografia e só você consegue ler.
A capa ou o avesso. Só sei que eu te mereço,
e sinto o contrário, mesmo incerto.
Quero que saibas que não te esqueço...
É bom ter o seu passo em meu universo.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

INCERTEZAS EM CERTEZAS


Curtindo cada vez mais o roteiro da nossa história. Os atalhos e desvios, os arrepios e os torpedos. Os medos e anseios, os freios e acelerações. Torcendo para que a gente continue a não ter pressa, é nessa que a gente vai. E hoje, enquanto a noite cai, pensei em você, olhei pra lua cheia e te mentalizei. Mandei tantos beijos-pensamentos. Não temo as incertezas e só uma coisa eu espero: que a surpresa nos encontre juntos.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

IMAGEM & AÇÃO


Mastigando suas fotos e engolindo saudade. Vontade latente, sem sentimento de posse. A minha fome tem nome e só você me lê. Essa dietAmor é dose.

domingo, 9 de outubro de 2011

EU, VOCÊ e o VERÃO


O momento é de praia. Conversa e areia, sol forte e toalha. O clima não falha e a manhã incendeia. Tô perdido em maresia. Tô pedindo fantasia, vem pra cá. Água de coco e carinho, brisa leve e sintonia. Riso solto e a minha atenção toda presa em você. Vamos pra casa, chega de mar, você me diz. Chuveiro gelado e cama macia. Sorvete e cafuné. Tô ardido, tô cansado, tô feliz. Só uma coisa eu quero agora (e não demora, né?): bis.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

QUERÊNCIA

Só quero a sua boca, seu sorriso e seu desejo. Só quero beiijos mil e um arrepio de aconchego. Só quero o teu abraço, o meu pedaço de você. Só quero a sua calma e ter na alma esse prazer. E quando há isso tudo eu fico mudo, então... e abro mão de qualquer outro querer.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

HORAS SECULARES


E o tempo fica me pregando peças, brincando com meu sentimento. Passando rápido quando eu não quero. Um estalo, um piscar de olhos, e passou. Aí a gente senta e espera um novo depois. E os segundos se agigantam, viram horas seculares. E o tempo vira um sádico, mirando feliz o meu roer de unhas enquanto o tic-tac do relógio vira uma sinfonia triste chamada saudade. Segundos sem você são sempre assim. Séculos.

domingo, 2 de outubro de 2011

APORTANDO


Quando a gente abre o peito (e os olhos), os sentimentos e sensações chegam aos montes, como viajantes chegando na estação de trem. E eu abro meu sorriso-hospedagem dando passagem a tudo o que é bom, filtrando em bom tom o que vem. Tô em paz com o que a vida tem me dado, e feliz por SABER-TE nela. A janela do meu peito hoje alcança mais paisagem, em maior imensidão. Traga sua bagagem, tem espaço no vagão.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

AMOR(a)


Meu amor comeu amora. Agora. E cora quando lambe os dedos enquanto me olha. Tá com a língua roxa, tá com a boca toda em tom-tesão. Meu amor comeu amora. E quem comemora é o meu coração.

ALFORRIA


É que eu já me acostumei a não carregar pedras. Pesam em todos os sentidos. Comigo não. Minha vida é leve, a quero assim. Pra longe de mim tudo o que for grilhão. Tenho a chave do meu caminho, carrego na mente, nos atos e no coração.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

STEP by STEP


A cada papo, um passo. A cada avanço, uma dança. E eu fico bobo, feito criança, curtindo o ato. E eu não me canso de curtir a tua simpatia. O dia-a-dia vai ganhando novas cores. Eu quero mais. Onde tu fores... eu vou atrás.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

MODO DE PREPARO


Receita? É só plantar
e cuidar com carinho
que cresce gigantemente.
Me semeiAmor.


terça-feira, 27 de setembro de 2011

RE(a)MANDO


Faltam poucas braçadas para te abraçar. Quero muito, não dou o braço a torcer. Remo forte, tenho a sorte de te ver. Tô em busca do sorriso, do carinho, do sabor. Só tenho uma certeza: nessa história, a correnteza vem a nosso favor.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

MOMENTOS


Coisa louca de entender, a sintonia que me invade no contato com você. Coisa boa de querer é o desejo da sua boca em minha boca. Pouca roupa e lua cheia, a voz rouca e meia-luz. Tudo conduz a uma só energia. Puz meus olhos em você e não tiro mais. Me dá paz esse caminho, esse carinho, esse calor. Coisa louca é traduzir o que eu sinto.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

(c)A Fé


Faz-se necessário o tempo do preparo. Aquecer no ponto certo. Torrar o grão (jamais a paciência), conhecer o aroma. Sapiência. Me toma ainda quente, nem morno nem fervente. Me soma. Me envolve em teu paladar e deixa sumir a fala.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

PETULÂNCIA


Por que me dói tanto ter que te despetalar,
se eu já me acostumei a me ferir em teus expinhos?


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

VOANDO ALTO


A única certeza é de que tudo muda. Muda por mim, por você, por ambos e ninguém. Muda pelo que foi dito, pelo que se deixou de dizer. Às vezes muda pra melhor, às vezes não (sem saber o porquê). A única certeza é a de que o mundo gira, e numa velocidade maior do que sentimos. E vamos seguindo de acordo com o que colhemos. Temos a sorte de optar. Temos o fardo do arrependimento. Temos a dádiva da oportunidade. E temos que aceitar (de bom grado ou não) tudo aquilo que muda contra a nossa vontade.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

PODE ENTRAR


É que eu sou daqueles que usa as palavras como bengala. Me apoio nelas pra ganhar certeza e pisar firme. É que eu já passei da idade do subtendido, hoje eu especifico o que faz bater o peito e bato nessa tecla da objetividade. O que eu sinto é que tô de peito aberto. É só isso que nos importa agora, depois a gente acerta o resto.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

LAVANDO A ALMA


Chuva boa pra lavar a alma, pra me trazer calma, pra limpar a vida. Água boa pra correr no rosto, para trazer gosto e sentimento. Gotas fortes pra escorrer no vidro, pra espantar o grito e trazer sorrisos. Chuva boa pra anunciar uma nova jornada que quero e preciso. Janelas da casa, do peito e da vida abertas. Pode vir, chuva... vem me molhar.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

CALOR

Não trago fogo de palha, trago isqueiro e candeeiro. Tenho luz concreta, a maneira mais certa de te iluminar. Não trago promessas, trago desejos dos mais variados. Trago o que tenho de melhor em mim. Me trago e te entrego. Fim.

DESABAFO


Olha, eu NÃO vou deixar o tempo e as pessoas afastarem a gente não. Seja lá pelo que virá. Eu quero apostar na força do encontro. Eu quero contar contigo e me contar pra você. Seja como amigo, seja mais que isso, mas que seja pra valer. Tração e atração. Tô muito aí pra você.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

NOVAS VIAGENS


A vida me pregando boas peças, me botando sorrisos inesperados. Dizendo que é assim que deve ser, que tudo tem um porquê e que só assim se é feliz. A alma por um triz entre a calma e a pulsação, pedindo ação e passagem. Já fiz minha bagagem, mudei de estação.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

TODAS AS FICHAS


Não há dinheiro que pague a paz de espírito, estar tranquilo consigo mesmo, com seus atos e com o fluxo dos acontecimentos. Não nado contra a maré, sigo a favor da correnteza. Não tenho certezas, tenho apenas uma vontade grande de apostar em todas as alegrias que eu puder cultivar.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

RECONSTRUÇÃO

Pra não doer, pra não sofrer, eu resignifiquei. Deixei de doar, não mais me dei. Redesenhei com novas cores, as de verdade e não mais as que via. Desbotei pra não brilhar demais. Chovia em mim, me guardachuvei. Repovoei meus pensamentos com nova mobília, troquei os sentidos. Pra me proteger e não ferir, eu redimensionei. Dei o tamanho certo, reformulei os verbos e substantivos. Pra recriar, eu me matei.


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

VEM COMIGO


Vem comigo enfrentar os medos, as marés cheias e os vazios de dentro. Vem comigo de braços dados e alma entregue, se leve pela certeza de que nenhuma correnteza é mais forte que nós. Vem comigo desatar nós apertados e respirar mais livre, mais leve. Se você vem, eu te espero. Eu quero seguir em frente. Vem comigo... e não será diferente.

MINHA TRILHA EM TEU ABISMO


É fácil escrever, difícil é dizer.
É fácil rimar, difícil é fazer.
É fácil propor, quero ver é aceitar.
É fácil calar quando há o que dizer.
É fácil esconder quando tem que lutar,
mais fácil é negar o que há pra fazer.
E nessas de fácil e difícil,
entre pontes e precipícios
sempre dá pra escolher.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

aMAR a FUNDO


Se a Sereia lesse Clarice, o mar não seria mais o mesmo. Argumentos de Freud e Marx virariam tolices, seus livros afundariam a esmo. Se a Sereia lesse Clarice, faria revolução: tomaria o controle do mar, faria do sal canção. Não satisfeita, subiria à superfície e mostraria a todos nós o segredo de aMAR... a fundo.

terça-feira, 26 de julho de 2011

ONDA



Não quero nada de ninguém, só o que é meu por direito. Não quero ser igual a ninguém, tolero e entendo os meus defeitos. Não quero perder meu jeito, perder o riso, perder o sentido. Sou maré alta e correnteza, tenho o meu curso e o meu discurso não é fluido. Disso eu tenho certeza.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

FELICIDADE, VEM CÁ


A felicidade é um animal doméstico que você vai alimentando aos pouquinhos e, quando vê, ela já deixou de ser filhote há muito tempo e corre gigante pra você quando abre os braços para ela. Minha felicidade tem "sabor" de Labrador!!