segunda-feira, 27 de setembro de 2010

TESTAMENTO


Não gosto de rotina. Quero da vida a surpresa, todo o fascínio e beleza das coisas que ainda não sei. Não quero prioridades, prefiro matar vontades e pôr o dedo no bolo. Não sei viver esperando... o legal é sair andando pra ver no que é que vai dar.

domingo, 26 de setembro de 2010

TRILHAS


Palavras são trilhos, pensei. Palavras não são elos, eu sei. Os sons que da minha boca saem não chegam a você. A tinta da caneta se vai, mas continuo a escrever. Por quê? Pra quê? Hoje aprendi (definitivamente) que algumas distâncias devem ser RESPEITADAS e não INSISTIDAS. Que eu não teime em esquecer.

CHEGUE MAIS PERTO


Chegue mais perto. Mais. É preciso que eu peça desculpas por tudo o que fiz, por tudo o que não fui contigo. Não há o que pedir, o que cobrar. Nosso erro maior, tão meu e tão seu, foi desvirtuar o que houve, convidar outras pessoas à nossa história, sujando o sentimento. Chegue mais perto. Me deixa falar que passamos do tempo, que o respeito acabou. Nem mesmo amor eu sei se ainda há. Perto. Chegue mais. Olhe em minha cara, encaremos os fatos, guardemos as fotos pras feridas da saudade... um dia elas hão de curar. Chegue mais perto. Desde agora, não te amo mais. E ainda assim não sei, não posso, não quero... parar de te olhar.

(Fiz esse poema em novembro de 2005, inspirado pelo filme CLOSER)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

QUANDO E-MAIL VIRA POEMA...


Apesar da tristeza pelos caminhos mudados, pelos sentidos trocados e pelas novas (c)idades, o peito enche de felicidade em ver que há coisas que o tempo não apaga: só guarda, direitinho, em algum canto, esperando o momento de se redescobrir. E, por mais que conheçamos novas pessoas, novos amigos, novos exemplos... eles acabam por refletir em saudade as que conosco não estão mais e, ao mesmo tempo, ainda tanto estão. Estão em cada uma dessas lembranças, pequenos tesouros (que, ainda bem, são tesouros teus também). O tempo só é cruel com aqueles que permitem isso. Hoje sei o que me é caro de verdade. Você é um desses tesouros. E se a geografia não permite que agora você saiba o tamanho do meu sorriso, ao menos a tecnologia deixa que sinta, pelas palavras, a força do meu abraço.