Foi em Barcelona que ela descobriu que o amor não tem roteiro: é cheio de armadilhas apesar dos mil clichês. Embarcou numa história a três e até curtiu, mas sentiu na pele o peso de ser ímpar sobrando num par. Tentou o formalismo: trocou o caso anti-convencional por um casamento em igreja e papel. Notou que igrejas escondem pecados e que papéis esfarelam. Pensou em fazer gênero, segurando por muito tempo o que tanto queria soltar. Perdeu muito, muito antes de ganhar. E numa cafeteria de esquina dispensou o açúcar no café e na alma: abandonou a calma e a doçura. Voltou pra casa com a mala cheia: fotos tantas e fatos tontos. Em terras catalãs, constatou que ainda não sabe o que busca, mas já sabe (e MUITO bem) o que não quer jamais... perder as possibilidades pelo medo do arriscar.
Inspirado no (ótimo) filme VICKY CRISTINA BARCELONA, do Wood Allen. Em cartaz nos cinemas. Recomendo.